Mãe acusa enfermeira de negar atendimento à criança e se ausentar por cerca de 40 minutos para beber água, em Boa Vista
18/06/2025
(Foto: Reprodução) Caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (18) no Hospital da Criança Santo Antônio e foi registrado como omissão de socorro na delegacia. Em nota, prefeitura de Boa Vista disse que criança foi atendida e que ida da PM ao hospital causou 'desconforto entre os profissionais em serviço.' Hospital da Criança Santo Antônio, administrado pela Prefeitura de Boa Vista
PMBV/Divulgação/Arquivo
Uma mulher, de 43 anos, acusou uma enfermeira do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) de negar atendimento a filha dela para ir ao banheiro e beber água, em Boa Vista. À Polícia Militar, a mãe denunciou que a funcionária se ausentou por cerca de 40 minutos. O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (18).
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Em nota, a prefeitura de Boa Vista, responsável pela unidade de saúde, informou que a criança foi atendida. Disse ainda que a ida dela à unidade havia sido a segunda naquele dia - no primeiro, o atendimento, segundo o município, ocorreu em 40 minutos.
"A direção do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) esclarece que todos os pacientes são atendidos com responsabilidade, respeito e conforme os protocolos de classificação de risco estabelecidos pelo Ministério da Saúde, prezando sempre pela segurança e bem-estar das crianças e de seus responsáveis", destacou a prefeitura (Leia a nota na íntegra abraixo).
A mãe contou à polícia que a filha estava com falta de ar e febre alta e que, mesmo ciente da situação, a enfermeira a ignorou e afirmou que não poderia atender a criança naquele momento, pois precisava sair para tomar água e ir ao banheiro. Segundo ela, a saída durou entre 40 e 60 minutos.
Com isso, a mãe da criança acionou a Polícia Militar. Durante a ocorrência, a enfermeira chefe de plantão, uma mulher de 53 anos, se apresentou aos policiais como responsável pela conduta dos outros enfermeiros no local.
Na ocasião, os policiais solicitaram a identificação funcional dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento. No entanto, a enfermeira chefe afirmou que a envolvida não repassaria a informação.
Os agentes reforçaram que a apresentação era obrigatória, por se tratar de servidores em exercício de função pública. A chefe se exaltou, agiu de forma desrespeitosa e afirmou que registraria um boletim de ocorrência contra os policiais e a mãe da criança, de acordo com o relatório policial.
O caso foi registrado na delegacia como omissão de socorro e conflitos diversos. A Polícia Civil foi procurada para saber se ele é investigado, mas não enviou resposta até a última atualização desta reportagem.
O que diz a prefeitura de Boa Vista
"A direção do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) esclarece que todos os pacientes são atendidos com responsabilidade, respeito e conforme os protocolos de classificação de risco estabelecidos pelo Ministério da Saúde, prezando sempre pela segurança e bem-estar das crianças e de seus responsáveis.
Com relação ao caso mencionado, a paciente deu entrada na unidade na manhã de terça-feira, 17, às 8h16. Após triagem e aplicação do protocolo de atendimento, foi classificada como caso não grave. A consulta foi realizada em cerca de 40 minutos, com solicitação de exames e início imediato do tratamento ambulatorial com os medicamentos prescritos. A criança recebeu alta com receituário e orientações.
Na mesma noite, às 19h50, a paciente retornou ao hospital com os mesmos sintomas relatados anteriormente (tosse, febre e cansaço). Foi atendida às 22h10 e, para melhor acompanhamento, permaneceu em observação, sendo realizados exames complementares, incluindo raio-X e hemograma. A equipe médica acompanhou a evolução do quadro, e, na manhã do dia seguinte (quarta-feira, 18), após reavaliação médica, melhora clínica e boa aceitação da dieta, a paciente recebeu alta às 8h25.
A unidade também informa que, durante a madrugada, a mãe da criança acionou uma guarnição da Polícia Militar, o que causou desconforto entre os profissionais em serviço. Em razão da abordagem considerada intimidadora, a colaboradora envolvida registrou um Boletim de Ocorrência para resguardar-se."
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